sábado, 14 de abril de 2012

A fuga das galinhas...

Em uma aula de Física Quântica (não, não era exatamente esta matéria, óbvio, mas tão chata quanto a em questão deve ser - me perdoem os que a amam, se é que existem), haviam 7 Desperates.

Sabe aquele professor com a fala mansa e contínua, em que não se sabe se ele está afirmando ou perguntando, física quântica ou educação moral e cívica, bravo ou feliz?

Aula chata, sala cheia, conversas paralelas, barulho, professor de cara feia...eis que uma Desperate vem com a idéia: vamos sair desta aula?

A informação se propaga com as demais (no estilo telefone sem fio), todas entendem e concordam: precisamos ser discretas.

Uma se levanta em direção a porta e em fila,

outra +
outra + outra,
outra + outra + outra + outra = 7

Não usávamos desculpas esfarrapadas como dor de cabeça, de barriga, de dente afinal, 7 mal estares seriam difíceis de encontrar. As ladies apenas pediam licença, o que soava muito educado de nossa parte, mas que exatamente nesta aula decidimos não fazer já que a sala estava tão cheia.

A mais estabanada, lógico, enganchou a bolsa na cadeira fazendo com que a mesma fosse ao chão. Foi nesse momento que a sala inteira resolveu se calar, o silêncio imperou e todas as atenções se voltaram para a nossa fuga, sim, a fuga das galinhas.

A nossa idéia era de que o professor nada notasse, mas a sua cara de abismado fez-nos ter certeza que ele acompanhou cada passo e, definitivamente, reprovou.

Este episódio deu idéia para o convite do encontro seguinte, que seria o sexto Desperates. E nem mesmo para pedir encarecidas desculpas sinceras e merecidas ele, o professor, foi convidado. Ô coitado!


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